A curiosa origem das palavras e expressões utilizadas no nosso dia a dia.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Malabarismo

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Malabarismo é a arte de manipular objectos com destreza e de modo coordenado. Existem várias técnicas de malabarismo, mas a mais usual é criar uma sequência mantendo objectos no ar, e criar assim manobras e truques.


Tudo leva a crer que a palavra teve origem em "Malabar", nome da costa oeste da Índia, em que na época dos descobrimentos, os portugueses admiraram-se com a agilidade dos nativos em manipular objectos no ar. Posteriormente os espanhóis adoptaram a mesma palavra.


Contudo, a arte do malabarismo terá nascido na antiguidade. No antigo Egipto, cerca de 4000 A.C., foram encontradas pinturas murais no túmulo do Faraó Beni-Hassan que representavam figuras lançando ogjectos ao ar.


Mais tarde encontramos na Grécia antiga e no Império Romano, pinturas de malabaristas. Durante a Idade Média, era vista como uma arte marginal praticada em espectáculos de saltimbancos. A partir do século XVIII, o malabarismo começou a ser praticado pelos palhaços.


Na língua francesa, tudo terá começado com a palavra "jaculator" (atirador) e com a palavra "joculator" (bobo da corte), mais tarde transformadas em "joglar" que derivou para a palavra actual de "jongleur" (malabarista).


A palavra francesa terá influenciado a língua inglesa: "juggler" (malabarista) e "juggling" (malabarismo). Em alemão utiliza-se a mesma palavra francesa "jongleur" (malabarista) e "jonglieren" (malabarismo). Em italiano, temos a mesma origem francesa: "giocoliere" (malabarista).


De assinalar que em inglês a palavra "juggle" significa resolver vários problemas ao mesmo tempo por uma pessoa.


Por fim, "Malabar", ou Malaiala ou Malayam, é um dos idiomas oficiais da Índia, falado por cerca de 30 milhões de pessoas, no estado de Kerala.






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Canadiana

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A "canadiana", é um tipo de muleta, em alumínio, regulável em altura, que tem um apoio destinado às mãos e aos antebraços
 

Tudo indica que este objecto começou por ser produzido no Canadá.


No Brasil, utilizam o termo "muleta canadense", ou seja um tipo de muleta proveniente do Canadá. Encontramos uma origem semelhante na língua inglesa, "canadian crutch" e na língua francesa, "béquille canadienne".


Em Portugal, em vez de lhe chamar-mos de "muleta canadiana", optamos pela forma simplificada de "canadiana".



A palavra "muleta", que aparece no século XIII, tem uma origem etimológica pouco clara.





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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Bola de Berlim

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As civilizações da Mesopotâmia, do Egipto e pré-colombianas, já fritavam uma massa feita à base de farinha. Nas festas romanas das calendas de Março, eram confeccionadas para celebrar, como outros rituais agrários,  o renascimento da natureza.


No século XIV, aparece em França com o termo "beignet" (o equivalente ao nosso "sonho" em português), derivado da palavra "bugne" (ainda assim apelidado no Sudeste da França) e mais tarde "bignet" que significa inchado. Só no século XVIII é que aparecem cobertos de açúcar com a importação desta substância para a Europa.


Durante a II Guerra Mundial, uma refugiada judia de Alemanha terá vindo para Portugal, onde terá começado a confeccionar um frito redondo composto por massa de farinha doce, polvilhado de açúcar com doce no interior, à semelhança do que se fazia na Alemanha e que chamavam de "Berliner Pfannkuchen" (bolo berlinense de frigideira) ou também chamado de "Berliner Ballen" (bola de Berlim).


Na Alemanha, as bolas de Berlim são habitualmente recheadas com compota de frutos vermelhos, como morango ou framboesa, mais tarde em Portugal, optou-se por recheá-las com creme pasteleiro.


Na Austrália, são conhecidas como "berliner", enquanto nos outros países de língua inglesa são conhecidas como "doughnuts" (com um buraco no meio), e nos Estados Unidos como "Bismarcks".
 No Brasil, chamam-se "sonhos", e em Israel, "sufganiot".





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